O Princípio da Casa dos Pombos ou Princípio das Gavetas de Dirichlet nos diz que para colocarmos $n+1$ pombos em $n$ gaiolas , pelo menos uma gaiola deverá conter pelo menos dois pombos.
Este princípio , embora bastante intuitivo e de fácil compreensão , pode ser uma ferramenta poderosa na solução de problemas difíceis da matemática.
Vamos ilustrar uma aplicação do Princípio da Casa dos Pombos na teoria dos números.
Exemplo
Mostrar que todo subconjunto de $\{1,2,\cdots , 2n\}$ contendo $n+1$ elementos , possui um par de elementos primos entre si.
Basta notar que os únicos subconjuntos de $\{1,2,\cdots , 2n\}$ contendo $n$ elementos , não-consecutivos , são $\{1,3,\cdots , 2n-1\}$ e $\{2,4,\cdots , 2n\}$. Logo , se tomarmos um subconjunto com $n+1$ elementos, de fato , teremos dois elementos consecutivos e como o máximo divisor comum de dois números consecutivos é $1$ , concluímos que estes números são primos entre si.
Referências
Introdução à Teoria dos Números
José Plínio de Oliveira Santos
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
sábado, 12 de setembro de 2015
Formas quadráticas
Consideremos uma partícula de massa $m$ deslocando-se no espaço com velocidade $v=(v_x,v_y,v_z)$A energia cinética que esse corpo possui é dada pela expressão :
$$E_c=\frac{m||v||^2}{2}=\frac{m}{2}(\sqrt{{v_x}^2+{v_y}^2+{v_z}^2)}^2$$
$$E_c=\frac{m}{2}.{v_x}^2+\frac{m}{2}.{v_y}^2+\frac{m}{2}.{v_z}^2$$=
=$\begin{bmatrix}
v_x & v_y & v_z
\end{bmatrix}\begin{bmatrix}
\frac{m}{2}& 0 &0 \\
0 &\frac{m}{2} & 0\\
0 &0 &\frac{m}{2}
\end{bmatrix}\begin{bmatrix}
v_x\\ v_y
\\ v_z
\end{bmatrix}$
Dessa forma, a energia cinética pode ser interpretada como uma função ( que não é linear) da velocidade .
Temos:
$$\mathbb{R} ^3\rightarrow\mathbb{R} $$
$$(v_x,v_y,v_z)\longrightarrow\frac{m}{2}.{v_x}^2+\frac{m}{2}.{v_y}^2+\frac{m}{2}.{v_z}^2$$
Se considerarmos , agora, a aplicação bilinear simétrica
$$B:\mathbb{R} ^3\times \mathbb{R}^3 \rightarrow \mathbb{R}$$
cuja expressão é:
$B((v_x,v_y,v_z)(w_x,w_y,w_z)=\begin{bmatrix}
v_x & v_y & v_z
\end{bmatrix}\begin{bmatrix}
\frac{m}{2}& 0 &0 \\
0 &\frac{m}{2} & 0\\
0 &0 &\frac{m}{2}
\end{bmatrix}\begin{bmatrix}
w_x\\ w_y
\\ w_z
\end{bmatrix}$
observamos que
$$E_c(v_x,v_y,v_z)=B((v_x,v_y,v_z)(v_x,v_y,v_z)$$
Expressões que se comportam como a da energia cinética , isto, é que provêm de formas bilineares simétricas , recebem o nome de formas quadráticas .
Texto retirado de Álgebra Linear de Boldrini/Costa & Figueiredo/Wetzler
$$E_c=\frac{m||v||^2}{2}=\frac{m}{2}(\sqrt{{v_x}^2+{v_y}^2+{v_z}^2)}^2$$
$$E_c=\frac{m}{2}.{v_x}^2+\frac{m}{2}.{v_y}^2+\frac{m}{2}.{v_z}^2$$=
=$\begin{bmatrix}
v_x & v_y & v_z
\end{bmatrix}\begin{bmatrix}
\frac{m}{2}& 0 &0 \\
0 &\frac{m}{2} & 0\\
0 &0 &\frac{m}{2}
\end{bmatrix}\begin{bmatrix}
v_x\\ v_y
\\ v_z
\end{bmatrix}$
Dessa forma, a energia cinética pode ser interpretada como uma função ( que não é linear) da velocidade .
Temos:
$$\mathbb{R} ^3\rightarrow\mathbb{R} $$
$$(v_x,v_y,v_z)\longrightarrow\frac{m}{2}.{v_x}^2+\frac{m}{2}.{v_y}^2+\frac{m}{2}.{v_z}^2$$
Se considerarmos , agora, a aplicação bilinear simétrica
$$B:\mathbb{R} ^3\times \mathbb{R}^3 \rightarrow \mathbb{R}$$
cuja expressão é:
$B((v_x,v_y,v_z)(w_x,w_y,w_z)=\begin{bmatrix}
v_x & v_y & v_z
\end{bmatrix}\begin{bmatrix}
\frac{m}{2}& 0 &0 \\
0 &\frac{m}{2} & 0\\
0 &0 &\frac{m}{2}
\end{bmatrix}\begin{bmatrix}
w_x\\ w_y
\\ w_z
\end{bmatrix}$
observamos que
$$E_c(v_x,v_y,v_z)=B((v_x,v_y,v_z)(v_x,v_y,v_z)$$
Expressões que se comportam como a da energia cinética , isto, é que provêm de formas bilineares simétricas , recebem o nome de formas quadráticas .
Texto retirado de Álgebra Linear de Boldrini/Costa & Figueiredo/Wetzler
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Contração de arestas ( Teoria de grafos)
No exemplo ilustrado acima, temos a contração da aresta $e$ , obtendo assim o grafo à direita na mesma imagem. A contração de arestas é muito útil , pois podemos calcular o polinômio cromático associado a um grafo.
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