Seja \alpha(s) uma curva parametrizada pelo comprimento de arco.A evoluta de \alpha é acurva definida por \beta(s)=\alpha(s)+\frac{1}{k(s)}n(s) ,onde n(s) é o vetor normal e k(s) é a curvatura de \alpha.
Se k(s)>0, \forall s ,verifique que o comprimento de arco da evoluta de \alpha entre s_0 e s_1 é igual à diferença entre os raios de curvatura entre s_0 e s_1.
Vamos tomar a derivada \beta'(s)=\alpha'(s)-\frac{k'(s)}{k(s)^2}n(s)+\frac{1}{k(s)}n'(s)
Como n'(s)=-k(s).t(s) ficamos com:
\beta'(s)=\alpha'(s)-\frac{k'(s)}{k(s)^2}n(s)+\frac{1}{k(s)}(-k(s).t(s))
Dessa forma
\beta'(s)=\alpha'(s)-\frac{k'(s)}{k(s)^2}n(s)-t(s)
Mas \alpha'(s)=t(s), logo:
\beta'(s)=-\frac{k'(s)}{k(s)^2}n(s)
Queremos agora calcular o comprimento de arco de \beta(s)=\alpha(s)+\frac{1}{k(s)}n(s) entre s_0 e s_1.
Agora vamos avaliar a integral
\int_{s_0}^{s_1} |\beta'(s)| ds
\int_{s_0}^{s_1} |\beta'(s)| ds=\int_{s_0}^{s_1}|-\frac{k'(s)}{k(s)^2}n(s)|ds=\int_{s_0}^{s_1}|\frac{k'(s)}{k(s)^2}||n(s)|ds
O vetor n(s) é unitário.
Assim,
\int_{s_0}^{s_1} |\beta'(s)| ds=\int_{s_0}^{s_1}|\frac{k'(s)}{k(s)^2}| ds
Fazendo a mudança de variável u=k(s) , então du=k'(s)ds e os limites de integração variam de k(s_0) a k(s_1)
\int_{s_0}^{s_1} |\beta'(s)| ds=\int_{k(s_0)}^{k(s_1)}|\frac{1}{u^2}| du
Como \frac{1}{u^2}>0 para u\neq 0 , então:
\int_{s_0}^{s_1} |\beta'(s)| ds=\int_{k(s_0)}^{k(s_1)}\frac{1}{u^2} du
Assim ficamos com \frac{-1}{u} de k(s_0) a k(s_1) , que nos fornece:
\frac{-1}{k(s_1)}-(-\frac{1}{k(s_0)})
\frac{1}{k(s_0)}-\frac{1}{k(s_1)}
Onde \frac{1}{k(s)} é o raio de curvatura .
Café dos Números
O local onde o café é expresso por \delta´s e \epsilon´s .
segunda-feira, 23 de março de 2020
domingo, 8 de março de 2020
Números complexos
Considerando o desenvolvimento (1+i)^n calcule o valor da soma S=\binom{n}{0}-\binom{n}{2}+\binom{n}{4}-\binom{n}{6}+\cdots :
Observação : i^2=-1
Obtendo a expansão do binômio de Newton de (1+i)^n , obtemos:
(1+i)^n=
\binom{n}{0}i^0+\binom{n}{1}i^1+\binom{n}{2}i^2+\binom{n}{3}i^3+\binom{n}{4}i^4+\binom{n}{5}i^5+\binom{n}{6}i^6+\cdots
Temos
i^0=1
i^1=i
i^2=-1
i^3=-i
i^4=1
i^5=i
Assim , substituindo na expansão, ficamos com:
\binom{n}{0}i+\binom{n}{1}i^1+\binom{n}{2}i^2+\binom{n}{3}i^3+\binom{n}{4}i^4+\binom{n}{5}i^5+\binom{n}{6}i^6+\cdots
Assim , temos:
\binom{n}{0}+\binom{n}{1}i -\binom{n}{2}-\binom{n}{3}i+\binom{n}{4}+\binom{n}{5}i-\binom{n}{6}+\cdots
Reorganizando:
\binom{n}{0}-\binom{n}{2} +i[\binom{n}{1}-\binom{n}{3}]+\binom{n}{4}-\binom{n}{6}-i[\binom{n}{5}-\binom{n}{7}]+\cdots
Colocando o número complexo (1+1)^n na forma trigonométrica , temos:
(1+i)^n=(\sqrt 2)^n (cos \frac{n\pi}{4}+i sen \frac{n\pi}{4})
Concluímos que S=\binom{n}{0}-\binom{n}{2}+\binom{n}{4}-\binom{n}{6}+\cdots é a parte real do número complexo (1+1)^n.
Logo
S=\binom{n}{0}-\binom{n}{2}+\binom{n}{4}-\binom{n}{6}+\cdots=(\sqrt 2)^n cos \frac{n\pi}{4}
Observação : i^2=-1
Obtendo a expansão do binômio de Newton de (1+i)^n , obtemos:
(1+i)^n=
\binom{n}{0}i^0+\binom{n}{1}i^1+\binom{n}{2}i^2+\binom{n}{3}i^3+\binom{n}{4}i^4+\binom{n}{5}i^5+\binom{n}{6}i^6+\cdots
Temos
i^0=1
i^1=i
i^2=-1
i^3=-i
i^4=1
i^5=i
Assim , substituindo na expansão, ficamos com:
\binom{n}{0}i+\binom{n}{1}i^1+\binom{n}{2}i^2+\binom{n}{3}i^3+\binom{n}{4}i^4+\binom{n}{5}i^5+\binom{n}{6}i^6+\cdots
Assim , temos:
\binom{n}{0}+\binom{n}{1}i -\binom{n}{2}-\binom{n}{3}i+\binom{n}{4}+\binom{n}{5}i-\binom{n}{6}+\cdots
Reorganizando:
\binom{n}{0}-\binom{n}{2} +i[\binom{n}{1}-\binom{n}{3}]+\binom{n}{4}-\binom{n}{6}-i[\binom{n}{5}-\binom{n}{7}]+\cdots
Colocando o número complexo (1+1)^n na forma trigonométrica , temos:
(1+i)^n=(\sqrt 2)^n (cos \frac{n\pi}{4}+i sen \frac{n\pi}{4})
Concluímos que S=\binom{n}{0}-\binom{n}{2}+\binom{n}{4}-\binom{n}{6}+\cdots é a parte real do número complexo (1+1)^n.
Logo
S=\binom{n}{0}-\binom{n}{2}+\binom{n}{4}-\binom{n}{6}+\cdots=(\sqrt 2)^n cos \frac{n\pi}{4}
quarta-feira, 11 de maio de 2016
Representação matricial de Transformações Lineares
Seja o espaço vetorial de funções de variável real e um conjunto linearmente independente que gera um subespaço V de dimensão finita.
Vamos considerar a base (sen x , cos x) .
Seja o operador diferenciação D:V\longrightarrow V. Vamos calcular a matriz relativa a esse operador.
Um elemento de V é obtido como uma combinação linear da forma a.senx +b.cos x.
Vamos derivar:
D(senx)=cos x, reorganizando como combinação linear , ficamos com 0.senx+1.cos x
Similarmente ,
D(cos x)=-sen x , reorganizando como combinação linear ,ficamos -1.senx+0.cos x.
Agora que vem a cereja do bolo , o momento mais esperado.
Reparem
0.sen x+1.cos x
-1.sen x+0.cos x.
nos coeficientes, em senx e cos x.
Os coeficientes de 0.sen x+1.cos x determinam a 1ª coluna e os coeficientes de -1.sen x+0.cos x determinam a 2 ª coluna na representação matricial de D.Portanto a matriz que representa a transformação D:V\longrightarrow V é:
\begin{bmatrix} 0 &-1 \\ 1 & 0 \end{bmatrix}
Vamos considerar a base (sen x , cos x) .
Seja o operador diferenciação D:V\longrightarrow V. Vamos calcular a matriz relativa a esse operador.
Um elemento de V é obtido como uma combinação linear da forma a.senx +b.cos x.
Vamos derivar:
D(senx)=cos x, reorganizando como combinação linear , ficamos com 0.senx+1.cos x
Similarmente ,
D(cos x)=-sen x , reorganizando como combinação linear ,ficamos -1.senx+0.cos x.
Agora que vem a cereja do bolo , o momento mais esperado.
Reparem
0.sen x+1.cos x
-1.sen x+0.cos x.
nos coeficientes, em senx e cos x.
Os coeficientes de 0.sen x+1.cos x determinam a 1ª coluna e os coeficientes de -1.sen x+0.cos x determinam a 2 ª coluna na representação matricial de D.Portanto a matriz que representa a transformação D:V\longrightarrow V é:
\begin{bmatrix} 0 &-1 \\ 1 & 0 \end{bmatrix}
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Princípio da Casa dos Pombos
O Princípio da Casa dos Pombos ou Princípio das Gavetas de Dirichlet nos diz que para colocarmos n+1 pombos em n gaiolas , pelo menos uma gaiola deverá conter pelo menos dois pombos.
Este princípio , embora bastante intuitivo e de fácil compreensão , pode ser uma ferramenta poderosa na solução de problemas difíceis da matemática.
Vamos ilustrar uma aplicação do Princípio da Casa dos Pombos na teoria dos números.
Exemplo
Mostrar que todo subconjunto de \{1,2,\cdots , 2n\} contendo n+1 elementos , possui um par de elementos primos entre si.
Basta notar que os únicos subconjuntos de \{1,2,\cdots , 2n\} contendo n elementos , não-consecutivos , são \{1,3,\cdots , 2n-1\} e \{2,4,\cdots , 2n\}. Logo , se tomarmos um subconjunto com n+1 elementos, de fato , teremos dois elementos consecutivos e como o máximo divisor comum de dois números consecutivos é 1 , concluímos que estes números são primos entre si.
Referências
Introdução à Teoria dos Números
José Plínio de Oliveira Santos
Este princípio , embora bastante intuitivo e de fácil compreensão , pode ser uma ferramenta poderosa na solução de problemas difíceis da matemática.
Vamos ilustrar uma aplicação do Princípio da Casa dos Pombos na teoria dos números.
Exemplo
Mostrar que todo subconjunto de \{1,2,\cdots , 2n\} contendo n+1 elementos , possui um par de elementos primos entre si.
Basta notar que os únicos subconjuntos de \{1,2,\cdots , 2n\} contendo n elementos , não-consecutivos , são \{1,3,\cdots , 2n-1\} e \{2,4,\cdots , 2n\}. Logo , se tomarmos um subconjunto com n+1 elementos, de fato , teremos dois elementos consecutivos e como o máximo divisor comum de dois números consecutivos é 1 , concluímos que estes números são primos entre si.
Referências
Introdução à Teoria dos Números
José Plínio de Oliveira Santos
sábado, 12 de setembro de 2015
Formas quadráticas
Consideremos uma partícula de massa m deslocando-se no espaço com velocidade v=(v_x,v_y,v_z)A energia cinética que esse corpo possui é dada pela expressão :
E_c=\frac{m||v||^2}{2}=\frac{m}{2}(\sqrt{{v_x}^2+{v_y}^2+{v_z}^2)}^2
E_c=\frac{m}{2}.{v_x}^2+\frac{m}{2}.{v_y}^2+\frac{m}{2}.{v_z}^2=
=\begin{bmatrix} v_x & v_y & v_z \end{bmatrix}\begin{bmatrix} \frac{m}{2}& 0 &0 \\ 0 &\frac{m}{2} & 0\\ 0 &0 &\frac{m}{2} \end{bmatrix}\begin{bmatrix} v_x\\ v_y \\ v_z \end{bmatrix}
Dessa forma, a energia cinética pode ser interpretada como uma função ( que não é linear) da velocidade .
Temos:
\mathbb{R} ^3\rightarrow\mathbb{R}
(v_x,v_y,v_z)\longrightarrow\frac{m}{2}.{v_x}^2+\frac{m}{2}.{v_y}^2+\frac{m}{2}.{v_z}^2
Se considerarmos , agora, a aplicação bilinear simétrica
B:\mathbb{R} ^3\times \mathbb{R}^3 \rightarrow \mathbb{R}
cuja expressão é:
B((v_x,v_y,v_z)(w_x,w_y,w_z)=\begin{bmatrix} v_x & v_y & v_z \end{bmatrix}\begin{bmatrix} \frac{m}{2}& 0 &0 \\ 0 &\frac{m}{2} & 0\\ 0 &0 &\frac{m}{2} \end{bmatrix}\begin{bmatrix} w_x\\ w_y \\ w_z \end{bmatrix}
observamos que
E_c(v_x,v_y,v_z)=B((v_x,v_y,v_z)(v_x,v_y,v_z)
Expressões que se comportam como a da energia cinética , isto, é que provêm de formas bilineares simétricas , recebem o nome de formas quadráticas .
Texto retirado de Álgebra Linear de Boldrini/Costa & Figueiredo/Wetzler
E_c=\frac{m||v||^2}{2}=\frac{m}{2}(\sqrt{{v_x}^2+{v_y}^2+{v_z}^2)}^2
E_c=\frac{m}{2}.{v_x}^2+\frac{m}{2}.{v_y}^2+\frac{m}{2}.{v_z}^2=
=\begin{bmatrix} v_x & v_y & v_z \end{bmatrix}\begin{bmatrix} \frac{m}{2}& 0 &0 \\ 0 &\frac{m}{2} & 0\\ 0 &0 &\frac{m}{2} \end{bmatrix}\begin{bmatrix} v_x\\ v_y \\ v_z \end{bmatrix}
Dessa forma, a energia cinética pode ser interpretada como uma função ( que não é linear) da velocidade .
Temos:
\mathbb{R} ^3\rightarrow\mathbb{R}
(v_x,v_y,v_z)\longrightarrow\frac{m}{2}.{v_x}^2+\frac{m}{2}.{v_y}^2+\frac{m}{2}.{v_z}^2
Se considerarmos , agora, a aplicação bilinear simétrica
B:\mathbb{R} ^3\times \mathbb{R}^3 \rightarrow \mathbb{R}
cuja expressão é:
B((v_x,v_y,v_z)(w_x,w_y,w_z)=\begin{bmatrix} v_x & v_y & v_z \end{bmatrix}\begin{bmatrix} \frac{m}{2}& 0 &0 \\ 0 &\frac{m}{2} & 0\\ 0 &0 &\frac{m}{2} \end{bmatrix}\begin{bmatrix} w_x\\ w_y \\ w_z \end{bmatrix}
observamos que
E_c(v_x,v_y,v_z)=B((v_x,v_y,v_z)(v_x,v_y,v_z)
Expressões que se comportam como a da energia cinética , isto, é que provêm de formas bilineares simétricas , recebem o nome de formas quadráticas .
Texto retirado de Álgebra Linear de Boldrini/Costa & Figueiredo/Wetzler
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Contração de arestas ( Teoria de grafos)
No exemplo ilustrado acima, temos a contração da aresta e , obtendo assim o grafo à direita na mesma imagem. A contração de arestas é muito útil , pois podemos calcular o polinômio cromático associado a um grafo.
sexta-feira, 27 de março de 2015
Teoria de Grafos
Mostre que , para qualquer grafo G tem-se \delta(G)\leq d(G)\leq \Delta(G).
Seja G um grafo no qual v_1,v_2\cdots,v_n
são seus vértices e d_1,d_2,\cdots,d_n são seus respectivos graus.
Sabemos que o grau médio de um grafo é dado por :
d(G)=\frac{\sum_{v\in G} d(v)}{n}
Como d(G)=\frac{d_1+d_2+\cdots+d_n}{n}
Como \delta(G)\leq d_i para 1\leq 1\leq n
e \Delta(G)\geq d_i para 1\leq 1\leq n.
Assim
\frac{ n \delta(G)}{n}\leq d(G)=\frac{d_1+d_2+\cdots+d_n}{n}\leq \frac{n \Delta(G)}{n}.
\delta(G)\leq d(G)=\frac{d_1+d_2+\cdots+d_n}{n}\leq \Delta(G).
\delta(G)\leq d(G)\leq \Delta(G).\blacksquare
Assinar:
Postagens (Atom)